Squid Game não é apenas um game | Squid Game isn't just a game
Muitos conhecem ou ouviram falar de ‘Squid Game’, uma série disponível no serviço de streaming Netflix. Durante o My Camp e nas aulas de SER, os alunos têm feito referência a esta série, mostrando alguma dificuldade em entender a sua história e narrativa.
Considerando as dúvidas que a série tem criado junto dos nossos alunos decidimos compartilhar alguns pontos para reflexão.
‘Squid Game’ gira em torno de uma competição na qual os jogadores têm problemas financeiros ou grandes dívidas. Colocam suas vidas em risco ao participar numa série de jogos para tentarem ganhar uma grande quantia em dinheiro como prémio final. As pessoas que participam são escolhidas criteriosamente com base nesta premissa: têm dívidas, pelo que seduzi-las é fácil. No entanto, os participantes não estão cientes de que todos os jogos envolvem tortura (psicológica e física) ou morte. A adrenalina atinge picos e o elemento surpresa mantém os espectadores agarrados aos episódios.
A ideia destes jogos não começa apenas com a sedução, mas mantém os participantes no jogo através de um processo sombrio e manipulador - quem não jogar, morre. Também existe um sistema de recompensa - quem não morrer, é um sobrevivente e pode ganhar o prémio final que resolverá os seus problemas.
‘Squid Game’ é avaliado como +16, pelo que de que consequências emocionais e psicológicas estamos a falar, especialmente para os telespectadores mais jovens? Tristeza, raiva, medo, elevados níveis de ansiedade, pesadelos, elevados níveis de agressão, vício e a recordação de imagens traumáticas.
Do ponto de vista social, há outras questões, porque algumas crianças encenam as brincadeiras da séria, das quais podem resultar acidentes. A sua maturidade intelectual e emocional não está preparada para estas imagens ou ao sofrimento por prazer (é uma série de ficção!). Por estas razões, ‘Squid Game’ pode ser confuso e perturbador para as crianças e os adolescentes mais sensíveis. A maioria não tem, ainda, maturidade para apreender este tipo de conteúdo televisivo, menos ainda as intenções de uma narrativa com estas características.
Em conclusão, como sentimos que este é um tópico relevante para discutir com a nossa comunidade, encorajamos todas as famílias a monitorar e moderar este assunto em casa, definindo limites, debatendo os temas e acompanhando o visionamento de programas como este.
Esta reflexão também será abordada nas aulas de SER, com todas as turmas, durante as próximas aulas.
Many of you know of or have heard about ‘Squid Game’, a TV series currently airing on Netflix. During My Camp and SER lessons, students have been mentioning this show and showing the desire to understand the plot and narrative better.
Bearing this in mind, we have decided to share some points for reflection.
‘Squid Game’ revolves around a contest in which players are in deep financial debt and put their lives at risk by playing a series of games in order to win a large sum of money as a final prize. People who participate are carefully chosen based on this premise: they have debts; seducing them is easy. However, participants are not aware that all games involve torture (psychological and physical) or death. Adrenaline is high, and the element of surprise keeps viewers glued to the show.
The idea behind these games not only begins with seduction, but keeps participants in the game through a dark, manipulative process - if you don't play, you die. There is also a reward system - if you don't die, you are a survivor and may win the final prize. The prize will solve all your problems.
What are some of the possible consequences for viewers, especially young ones (remembering that the show is rated +16)? Sadness, anger, fear, high levels of anxiety, nightmares, higher levels of aggression, addiction to the show, and the presence of traumatic images in our children's minds.
Socially, some children act out the games, and accidents may happen. Their internal worlds are not immune to such imagery and suffering for pleasure (it is a TV show!). ‘Squid Game’ may be confusing and also disturbing for kids and sensitive teens. Most of them lack the maturity to grasp this kind of television content and the intentions behind a narrative of this nature.
Hence, as we feel this is a relevant topic to discuss with our learning community, we encourage all families to monitor and moderate these topics at home, defining boundaries and setting a careful approach to television viewing at home.
This reflection will also be covered in SER lessons, with all class groups, during this week and the following week.