Bullying
Pelos motivos menos prestigiantes, a palavra “Bullying” está presente no dia-a-dia de todos nós, várias são as emoções e os sentimentos que nos provoca: medo, raiva, tristeza, zanga, insegurança, …
Com facilidade ouvimos alguém, quando se sente desconsiderado pelo outro, dizer que está a ser alvo de bullying.
Afinal, o que é o bullying?
Este termo é utilizado para descrever atos intencionais e repetidos de violência física, verbal e psicológica, quando uma pessoa (dominador/agressor) tenta controlar e prejudicar outra (passivo/vítima), perante o olhar dos demais (observadores). Como seres sociais que somos, estamos em constante relação e dinâmica uns com os outros e é nestes momentos de relação privilegiada, em espaços como o recreio, uma atividade extra-curricular, o local de trabalho ou até mesmo em contexto familiar, que estes comportamentos podem emergir. É importante termos consciência que não é algo seletivo, que pode acontecer a qualquer pessoa e que diz respeito a todos.
O que podemos fazer?
Quando o bullying emerge na escola, toda a comunidade escolar (equipa, pais e crianças) deve trabalhar em conjunto, pois apenas com o envolvimento e ação de todos se pode alcançar o objetivo de erradicar este tipo de comportamento.
Na escola Aprendizes, é através da promoção e implementação de programas e práticas que desenvolvem competências emocionais e de relação interpessoal nas crianças e jovens, que realizamos uma ação mais direta e conseguimos intervir no contexto.
E os pais? Como podem agir?
Os pais podem participar ativamente com a escola na implementação de algumas medidas, mas têm também, em casa, um papel privilegiado, com ações que podem implementar.
É assustador para um pai/mãe aperceber-se que o seu filho pode ser vítima de bullying, mas não é menos assustador para um pai/mãe aperceber-se que o seu filho pode ser o agressor. É claro que ambos (agressor/vítima) precisam ser cuidados e acompanhados e, por isso ,deixamos-vos algumas estratégias:
Ajudar os filhos a compreender o que é o bullying e como se podem defender de forma segura – explicar que é inaceitável, apoiar e transmitir segurança à criança para que ela possa, de forma confiante, dizer “Pára!”, ou simplesmente retirar-se e pedir ajuda a um adulto da sua confiança que esteja por perto;
Manter uma comunicação e diálogo aberto – frequentemente, permitir um diálogo sincero sobre os medos, as preocupações, no qual a criança ou jovem se sinta valorizado e seguro, acolhido no seu Sentir;
Encorajá-los a realizarem atividades que gostem – ajudar a explorar e a desenvolver interesses em atividades nas quais se sintam confiantes. Este sentimento permite uma maior disponibilidade para estabelecer relações mais saudáveis;
Encorajar a ajudar – mesmo que o vosso filho não seja a vítima, nem o agressor, como observador, tem um papel crucial. Encorajem-nos a ajudar os colegas ou a procurar ajuda para os mesmo, perto de um adulto.
E lembrem-se, as crianças observam e reproduzem as emoções dos adultos (pais, professores, família próxima, vizinhos, …) com quem partilham as suas vidas. É importante que nós, adultos, monitorizemos as nossas reações e emoções de forma a podermos transmitir formas saudáveis de nos relacionarmos uns com os outros, tendo em consideração o nosso tom, a forma como falamos sobre outras crianças e as suas famílias. Somos um exemplo para resolver conflitos ou estaremos a intensificar o conflito? procuramos soluções ou limitamo-nos a esperar que se resolva por si?
For less prestigious reasons, "Bullying" is part of our daily lives. It is much more than just a word or expression, and there are several emotions and feelings that it produces: fear, sadness or anger, insecurity, etc.
When one feels disregarded by the other, it is usual to hear one say, "I'm a victim of bullying".
What is bullying, after all?
Usually, the term describes intentional and repeated acts of physical, verbal, and psychological violence, where one person (dominator/aggressor) tries to control and harm another (passive/victim) in the eyes of others (observers).
As social beings that we are, we are in constant relationship and dynamic with each other, and it is in these moments of a privileged relationship, in spaces such as the playground, an extra-curricular activity, the workplace, or even in a family context these behaviors can emerge.
It is essential to be aware that it is not something selective, that it can happen to anyone, and that it concerns everyone.
What can we do?
When bullying emerges at school, the entire school community (staff, parents, and children) must work in conjunction, as only through the involvement and action of everyone we can achieve the final goal of eradicating this type of behavior.
At Aprendizes, we can perform a more direct action and intervene in the context by promoting and implementing programs and practices, which develop emotional and interpersonal skills in children and young people.
What about parents? How can they act?
Parents can actively engage with the school in implementing some measures, but they also have a privileged role at home with actions they can take.
It is frightening for a parent to realise that their child may be bullied, but it is no less terrifying to recognise that their child may be the bully. It is clear that both (aggressor/victim) need to be taken care of and looked at, and that is why we leave you here with some strategies:
Helping children understand what bullying is and how they can defend themselves safely – explaining that it is unacceptable, supporting and reassuring the child so that they can confidently say "Stop!", withdraw and go asking for help from a trusted adult who is nearby;
Maintaining open communication and dialogue – often allowing a sincere conversation about fears, concerns, where the child or young person feels welcomed, valued and safe regarding their feelings;
Encourage them to do activities they enjoy – help them explore and develop interests in activities they feel confident, which enable a greater availability to establish healthier relationships;
Encourage to help – even if your child is not the victim or the aggressor, an observer can play a crucial role. Please encourage them to help colleagues or to seek help for them near an adult.
And remember, children, observe and reproduce the emotions of adults (parents, teachers, close family, neighbours, etc.) with whom they share their lives. We, adults, need to monitor our reactions and emotions to convey healthy ways of relating to each other, considering our tone, and the way we speak about other children and their families. Are role models for conflict solving or are we deepening the gaps? Do we reach out and seek solutions?