Chills and Thrills: Halloween Short Story Contest / Concurso de Contos de Halloween

 

This Halloween at Aprendizes, the First Languages Department organised a writing competition, inviting our Middle and Secondary students to create short, spine-tingling stories.

We proudly present the winners of Portuguese and English, along with a special mention. Read on and let yourself be transported back to the spooky atmosphere of the season, thanks to our students.

Este Halloween na escola Aprendizes, o Departamento de Línguas organizou um concurso de escrita, desafiando os alunos do Middle e do Secondary a criarem contos de arrepiar.

É com orgulho que apresentamos os vencedores em português e inglês, juntamente com uma menção especial. Leiam e sejam transportados de volta ao ambiente sombrio da época, com a ajuda dos nossos alunos.

 

A Mulher da Floresta

Numa noite de lua cheia, o céu estava tão escuro que parecia um manto preto. Nesse dia, um casal decidiu ir acampar em uma floresta. Nessa floresta, as árvores eram altíssimas, de uma folhagem escura, lá era tão silencioso que se conseguia ouvir o som das folhas balançarem com o vento.

À meia noite, quando eles estavam dormindo, a mulher acordou com um pesadelo. Um tempo depois, ela começou a ouvir assobios e uma vozinha que chamava pelo seu nome.

- Alicia, Alicia!

Ela decidiu sair da tenda e procurar o que estava fazendo esse barulho. Não encontrou nada, mas continuava ouvindo os assobios, então decidiu procurar pela floresta.

A cada passo que ela dava, a vozinha ficava cada vez mais alta e não parava. A mulher olhou para os lados, as árvores eram todas iguais. A essa altura, o som era ensurdecedor, era tão alto que parecia que estava dentro da cabeça dela. O som era muito repetitivo e muito alto, ela não aguentava mais. Os seus olhos ficaram vermelhos, sua pele estava branca.

A mulher tinha sido possuída pela floresta.

O homem na tenda ouviu um grito e reparou que a sua mulher não estava lá. Ele saiu da tenda correndo e viu a sua mulher com as mãos cheias de sangue. Quando a mulher o viu, correu em sua direção e agarrou o seu pescoço e o estrangulou.

A partir deste dia, ela vaga pela floresta usando os órgãos do marido como joias, procurando novas almas para possuir.   

 Flora Gardenal 6ºA

 

The Slithering Shadow of Mortality

One way or another, our mortal insignificance will fade to only be remembered in the intermittences of the memory. Dodging this inevitability is arduous and hence it borders the impossible, and in the dimly lit chamber of their secluded alchemy laboratory, Jakob and Ulrich toiled tirelessly, seeking the elusive elixir of life. Their hands grasping, lifting and pouring ancient ingredients as the air buzzed with mystical specs.

Denmark was exceedingly cold that time of year and although the alchemist brothers detested their raw fingertips, constant clattering of teeth and numb limbs, they were grateful for not coexisting in the witch-hunting british environment. They had spent so much time between the cemented walls of the chamber and the flickering and quivering shadow of torches with restless experimentation and fatidic studies, until they at last concocted a potion that promised immortality, but with a twist of fate. As they consumed the elixir, the room quivered with an otherworldly force. A blinding light enveloped them, and when it subsided, Jakob stood unchanged, while Ulrich had transformed into a pulsating, oozing slime adorned with remnants of his human form. Hairs, nails and teeth poked out of the agglomerated muck.

What Jakob did not predict was that Ulrich’s consciousness lingered within the slimy mass, his voice echoing and reverberating throughout the chamber. Bound by fraternal love, Jakob faced a grim reality – his brother, once flesh and blood, was now a sentient slime, a grotesque byproduct of their quest for eternal life. Guilt, like a shadow, draped over Jakob’s immortal existence as he tended to Ulrich, he now had to navigate through an immortal life while tethered to a pulsating slime that was once his kin.

Their once hallowed chamber now echoed with the eerie squelches of Ulrich’s perpetual decay. Through the corridors of centuries, Jakob’s solitary journey unfolded, marked by the haunting cadence of Ulrich’s formless state. In the moments of eerie silence, Jakob pondered the paradox of their creation, a twisted immortality that bound him to an eternal caretaking role.

As the world around them evolved, their bond remained as a grotesque reminder of an alchemical ambition gone awry. Jakob, trapped in the endless loop of looking after a conscious goo, found no solace, only a macabre treated that reverberated the tragic consequences of their misguided quest for immortality.

Bárbara Dantas 11ºB

 

A Porta

Neste conto vais ter de imaginar o próprio conto. Sugiro-te que peças a alguém para te massajar a cabeça enquanto alguém te lê a história. Agora vamos começar!

Imagina que estás na tua casa, numa noite. Por agora estás muito bem, estás no teu sofá a ver um filme de terror e de repente alguém bate à porta. Tu abres a porta, mas não está lá ninguém. Então tu voltas para o teu sofá, mas quando te sentas a campainha volta a tocar. Tu vais ver, mas não está lá ninguém, então voltas para o sofá. Quando te sentas, toca a campainha. Tu começas a ficar irritado, então abres a porta, mas não vês ninguém. Desta vez, não vais para o sofá, vais perguntar ao vizinho do lado se ele sabe o que está a acontecer. Mas quando tu sais, a porta da tua casa fecha-se e tu ficas preocupado porque a chave estava dentro de casa. Tu continuas a andar em direção à casa do teu vizinho, mas quando estás a chegar vês uma sombra a passar pela rua. Mas a rua está vazia, tu pensas que estás a alucinar e de repente começa a chover. Tu estás incomodado com a situação, ali estás tu, trancado do lado de fora da tua casa e à chuva.

Continuas a andar para casa do teu vizinho, tu andas e andas e andas e andas, mas parece que a casa se está sempre a afastar. Tu ficas em pânico, não percebes o que está a acontecer, mas apercebes-te de que continuas na rua. De repente, vês uma sombra e segues a sombra, mas ela não para de andar, mesmo contigo a pedir para ela ou ele parar de andar. A sombra não para e tu começas a correr, ela ou ele é mais rápido. Aí tu vês outra sombra e mais outra sombra e mais outra e outra e outra. É como se estivessem em Nova Iorque, só que em vez de haver milhões de pessoas, eram milhões de sombras.

Tu ficas maluco com esta situação, mas lá no fundo da rua vês um ponto brilhante que parece estar a chamar-te. Então tu vais na direção desse ponto e andas e andas e andas e andas, mas o ponto é mais rápido. É nesse momento que vês que estás no meio da estrada. De repente acordas, estás no meio da estrada! Um carro vem à velocidade da luz na tua direção e embate contra ti. Tu estás no chão e nesse momento alguma coisa sai de ti: és tu, só que transparente. Tu sabes o que é, é o teu espírito, tu estás a morrer.

Aí acordas e estás na tua cama. É dia 30/10/1934, é quase Halloween. Tu ouves um barulho a vir da sala, tu vais à sala e está lá uma abóbora, mas não é uma abóbora qualquer, é uma abóbora rocha e tem a sua vela acesa. De repente, a vela apaga-se, tu ficas com o pensamento de ser só o vento, mas tu olhas à volta e está tudo fechado. Tu não sabes o que está a acontecer e ouves um barulho no teu quarto. Estás em pânico, sobes as escadas e ouves alguém a sussurrar no teu ouvido (- Queres vir brincar?). Alguma coisa agarra o teu braço e atira-te ao chão, mas tu não vês nada. Alguma coisa te agarra no pescoço e tu desmaias.

Tu acordas na tua sala, mas está tudo em fogo e cheio de sangue, está uma menina cheia de sangue com um grande facalhão na mão. Tu pensas: “Eu vou morrer”. Vais à cozinha esconder-te, mas a menina está lá. Ficas confuso. A menina fica a olhar para ti e teletransporta-se para a tua frente, corta-te pedaço a pedaço e tu morres.  

 Miguel Rodrigues 5ºB

 
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